sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cotas Raciais


                Gente, hoje eu estou escrevendo simplesmente para expor minha opinião. Estou revoltada, não a ponto de ficar chocada, mas a ponto de ficar indignada. Sim, é uma tristeza ver que o País onde crescemos e aprendemos está desse jeito. Primeiramente, já quero deixar bem claro que não tenho nada contra, ênfase em NADA CONTRA as pessoas que direi aqui, e pelo contrário, acho uma tremenda falta de compromisso e educação para com estas.
                Cotas raciais. Constituição. Aonde é que nós vamos parar, hein?! Alguém pode me dizer? Bom, não era de se surpreender pois já existia esta ideia de cotas universitárias para afrodescendentes, alias, este é outro ponto em que quero chegar, mas primeiramente, acho que todos já pararam para se perguntar se um afrodescendente é anormal para não precisar concorrer universalmente para com os outros indivíduos. Pois bem, um afrodescendente é um ser anormal? “Ah, mas muitos sabem que as escolas públicas não tem um ensino lá essas coisas e sabemos que a maioria dos afrodescendentes estudam em escolas públicas”. Agora vai dizer que o Governo tem que dar uma pistola para cada cidadão se “proteger” quando for as ruas porque a segurança pública é uma porcaria mesmo. Cadê a base escolar? Cadê a Educação de Qualidade das propagandas de TV que permitem que os alunos se desenvolvam e consigam ingressar numa faculdade como qualquer outro cidadão?
                É óbvio que o sistema de cotas não visa cobrir somente a falta de oportunidade de alguns, mas visa também acelerar a inclusão social. De novo ao ponto da educação. Cadê um projeto governamental (que funcione, por favor!) nas escolas que visem a inclusão desde quando se é criança ate a vida profissional, social e etc. A exclusão social não impede a uma pessoa afrodescendente passe no vestibular por cotas universais. Eu não sei se é um pensamento errôneo, mas acredito que o sistema de cotas se contradiz, pois afirma que é um meio de evitar discriminação, sendo que já demonstra um status de incapacidade por quem se presta tutela. Não que este seja incapaz, o que defendo é totalmente ao contrário. O ideal não é criar cotas para os outsiders, mas sim que se busque desde cedo a inclusão social nas escolas, comunidades, nas ruas, com o apoio do Governo assíduo, fazendo que todos os cidadãos tenham semelhantemente as oportunidades oferecidas. É disso que o Brasil precisa, é isso que o Brasil não está fazendo.
                E a Constituição? Tornou as cotas raciais em constitucionais. Eu não vou focar no Artigo 5º da CF porque seria babaquice minha acreditar que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”, então, nem vou entrar no ponto de dizer que é constitucional ou não porque o que está feito pode ate mudar, mas não vai ser agora. A discussão é polêmica e tem muitas opiniões. Para quem não concorda comigo pode ate pensar, “só pode ser branca”, e sou mesmo. Aliás, este é outro ponto que quero chegar.
                Por que não se pode chamar mais um afrodescendente de negro? Já ouvi falar que é pela falta de respeito e tudo mais, mas não vejo nada demais nisso. Ninguém reclama se alguém chamar outra de branco, branquelo. Vai chamar um afrodescendente de negro. Tem gente que processa. Eu não entendo isso. Por ser chamado de negro?  Eu fico impressionada com a quantidade de gente que nega a própria raça. Acho que não é brigando por igualdade sendo desigual que se consegue igualdade (vishe, filosofei). Mas qual é? Não há tanta vantagem em ser branco para se discriminar a própria raça. Branco desbota, envelhece rápido, não pode nem ver sol que fica vermelho feito um pimentão, muitos acham que brancos são narcisistas e metidos a idiotas, que só porque são brancos não gostam de outras raças. Isso tudo são dogmas que criaram os nossos antepassados e são repassados para nós. Negro é escravo, índio é burro, branco é cruel e safado, asiático é primitivo. Tudo isso eu já ouvi, e digo não são estes dogmas que nos fazem, nós que nos fazemos.  O que importa mesmo não é o caráter? Humanos verdadeiramente não se importam com nada do que existe no exterior das pessoas, mas acredita na capacidade delas, as respeita independente de onde, como, quando vieram. O resto é balela. 

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