Gente,
hoje eu estou escrevendo simplesmente para expor minha opinião. Estou
revoltada, não a ponto de ficar chocada, mas a ponto de ficar indignada. Sim, é
uma tristeza ver que o País onde crescemos e aprendemos está desse jeito.
Primeiramente, já quero deixar bem claro que não tenho nada contra, ênfase em
NADA CONTRA as pessoas que direi aqui, e pelo contrário, acho uma tremenda
falta de compromisso e educação para com estas.
Cotas
raciais. Constituição. Aonde é que nós vamos parar, hein?! Alguém pode me
dizer? Bom, não era de se surpreender pois já existia esta ideia de cotas
universitárias para afrodescendentes, alias, este é outro ponto em que quero
chegar, mas primeiramente, acho que todos já pararam para se perguntar se um
afrodescendente é anormal para não precisar concorrer universalmente para com
os outros indivíduos. Pois bem, um afrodescendente é um ser anormal? “Ah, mas
muitos sabem que as escolas públicas não tem um ensino lá essas coisas e sabemos que a maioria dos afrodescendentes estudam
em escolas públicas”. Agora vai dizer que o Governo tem que dar uma pistola
para cada cidadão se “proteger” quando for as ruas porque a segurança pública é
uma porcaria mesmo. Cadê a base escolar? Cadê a Educação de Qualidade das
propagandas de TV que permitem que os alunos se desenvolvam e consigam ingressar
numa faculdade como qualquer outro cidadão?
É óbvio
que o sistema de cotas não visa cobrir somente a falta de oportunidade de
alguns, mas visa também acelerar a inclusão social. De novo ao ponto da
educação. Cadê um projeto governamental (que funcione, por favor!) nas escolas
que visem a inclusão desde quando se é criança ate a vida profissional, social
e etc. A exclusão social não impede a uma pessoa afrodescendente passe no
vestibular por cotas universais. Eu não sei se é um pensamento errôneo, mas
acredito que o sistema de cotas se contradiz, pois afirma que é um meio de
evitar discriminação, sendo que já demonstra um status de incapacidade por quem se presta tutela. Não que este seja
incapaz, o que defendo é totalmente ao contrário. O ideal não é criar cotas
para os outsiders, mas sim que se
busque desde cedo a inclusão social nas escolas, comunidades, nas ruas, com o
apoio do Governo assíduo, fazendo que todos os cidadãos tenham semelhantemente
as oportunidades oferecidas. É disso que o Brasil precisa, é isso que o Brasil
não está fazendo.
E a Constituição?
Tornou as cotas raciais em constitucionais. Eu não vou focar no Artigo 5º da CF
porque seria babaquice minha acreditar que “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza...”, então, nem vou entrar no ponto de dizer que
é constitucional ou não porque o que está feito pode ate mudar, mas não vai ser
agora. A discussão é polêmica e tem muitas opiniões. Para quem não concorda
comigo pode ate pensar, “só pode ser branca”, e sou mesmo. Aliás, este é outro
ponto que quero chegar.
Por que
não se pode chamar mais um afrodescendente de negro? Já ouvi falar que é pela
falta de respeito e tudo mais, mas não vejo nada demais nisso. Ninguém reclama
se alguém chamar outra de branco, branquelo. Vai chamar um afrodescendente de
negro. Tem gente que processa. Eu não entendo isso. Por ser chamado de negro? Eu fico impressionada com a quantidade de
gente que nega a própria raça. Acho que não é brigando por igualdade sendo
desigual que se consegue igualdade (vishe, filosofei). Mas qual é? Não há tanta
vantagem em ser branco para se discriminar a própria raça. Branco desbota,
envelhece rápido, não pode nem ver sol que fica vermelho feito um pimentão,
muitos acham que brancos são narcisistas e metidos a idiotas, que só porque são
brancos não gostam de outras raças. Isso tudo são dogmas que criaram os nossos
antepassados e são repassados para nós. Negro é escravo, índio é burro, branco
é cruel e safado, asiático é primitivo. Tudo isso eu já ouvi, e digo não são
estes dogmas que nos fazem, nós que nos fazemos. O que importa mesmo não é o caráter? Humanos
verdadeiramente não se importam com nada do que existe no exterior das pessoas,
mas acredita na capacidade delas, as respeita independente de onde, como,
quando vieram. O resto é balela.
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