Engraçado
como as coisas acontecem de um jeito que não podemos imaginar. Eram meia noite
e cinquenta e dois e eu tinha acordado por falta de sono. É assim quando fico
ansiosa, e já poderia prever que esta não seria a minha melhor noite de sono.
Fiquei a revirar pela cama e abracei mais o “Alezinho”, meu ursinho de pelúcia escolhido na noite, crente de que
assim eu dormiria mais rápido. Mas fiquei a rodar e sonhar acordada ate,
aproximadamente, três horas e trinta minutos.
Quando “Friends, lovers or nothing” do cantor
John Mayer tocou no meu celular, me despertando exatamente as seis da manhã,
levantei num pulo. Entrei no banheiro sabendo que precisava lavar o cabelo, pelo
motivo obvio de estar sujo, mas também porque me refrescaria a cabeça e se
pudesse ate a mente, afinal, a ocasião pedia. Respirei fundo incontáveis vezes.
Estava nervosa, nem tanto feliz, mas estava bem. Ao fazer a oração da manhã com
minha família, mamãe disse “Senhor, seja feita conforme a sua vontade”. Após
isso, parti.
Não
chamaria de sacrifício, porque foi algo sonhado, pensado. E quando cheguei ao
local, respirei mais umas vezes. Eram quase sete da manhã. Esperei. Treinei.
Sim, não foi fácil, mas também não chego a dizer que foi difícil, já tinha feito
isso antes, já tinha treinado e aprendido. Compreendo que aprender aumenta a
amplitude de como tudo entra na consciência, então, digamos que eu aprendi
algumas coisas.
Passou-se
horas e fui posta de novo para provar tudo o que eu sabia sobre, não era algo
definitivo, mas eu tinha isso como se fosse. Novamente eu estava a frente do
volante do carro. Para muitos, um hobby,
para alguns, um pesadelo. Para mim, um desafio. Não é algo que se controle, e
isso me irrita. Enquanto eu juntava todos aqueles sentimentos por uma prova
prática de direção automobilística, eu me peguei perguntando, “por que não
consigo controlar meu nervosismo? Por que não consigo nem sequer entender
porque minha voz tá alterada sem minha permissão?”. Eu rezei, cantei hinos de
louvor para me acalmar (isso me ajuda muito), e consegui. Mas nosso corpo age
por si mesmo em algumas coisas e situações, como exemplo, temos o coração, que
em mera ideia, não para pela vontade.
A essa
altura do campeonato dá pra saber o que foi que me aconteceu. Sim, claro, se eu
tivesse passado podia muito bem ter colocado somente um “PASSSSSSSEI” aqui só
pela minha extrema excitação e alegria de ter conseguido algo almejado.
Pela
minha falta de experiência e prática, eu não consegui. E eu me culpei por isso,
muito, porque eu queria pegar minha licença de direção para após, tentar mais
vezes. Mas quando entrega-se a vida para Deus, não é assim que acontece. Conforme
a vontade Dele, lembra? E do que adianta nos desperdiçarmos com o “tempo
perdido” sendo que tudo está com Ele, e que Ele sabe a hora certa, e sei que
para Ele não existe tempo perdido, porque nós conquistamos cada segundo de nossa
vida, e ao usá-lo, estamos vivendo. E o que nos resta? Viver. Bem,
opcionalmente, viver feliz, e por mais que seja em vão, sonhando, porque nós
conforta, e nos objetiva a algo.
Ate mais,
Eu e minha voz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário