sexta-feira, 30 de março de 2012

Sonhar, tão gratificante.


                Engraçado como as coisas acontecem de um jeito que não podemos imaginar. Eram meia noite e cinquenta e dois e eu tinha acordado por falta de sono. É assim quando fico ansiosa, e já poderia prever que esta não seria a minha melhor noite de sono. Fiquei a revirar pela cama e abracei mais o “Alezinho”, meu ursinho de pelúcia escolhido na noite, crente de que assim eu dormiria mais rápido. Mas fiquei a rodar e sonhar acordada ate, aproximadamente, três horas e trinta minutos.
                Quando “Friends, lovers or nothing” do cantor John Mayer tocou no meu celular, me despertando exatamente as seis da manhã, levantei num pulo. Entrei no banheiro sabendo que precisava lavar o cabelo, pelo motivo obvio de estar sujo, mas também porque me refrescaria a cabeça e se pudesse ate a mente, afinal, a ocasião pedia. Respirei fundo incontáveis vezes. Estava nervosa, nem tanto feliz, mas estava bem. Ao fazer a oração da manhã com minha família, mamãe disse “Senhor, seja feita conforme a sua vontade”. Após isso, parti.
                Não chamaria de sacrifício, porque foi algo sonhado, pensado. E quando cheguei ao local, respirei mais umas vezes. Eram quase sete da manhã. Esperei. Treinei. Sim, não foi fácil, mas também não chego a dizer que foi difícil, já tinha feito isso antes, já tinha treinado e aprendido. Compreendo que aprender aumenta a amplitude de como tudo entra na consciência, então, digamos que eu aprendi algumas coisas.
                Passou-se horas e fui posta de novo para provar tudo o que eu sabia sobre, não era algo definitivo, mas eu tinha isso como se fosse. Novamente eu estava a frente do volante do carro. Para muitos, um hobby, para alguns, um pesadelo. Para mim, um desafio. Não é algo que se controle, e isso me irrita. Enquanto eu juntava todos aqueles sentimentos por uma prova prática de direção automobilística, eu me peguei perguntando, “por que não consigo controlar meu nervosismo? Por que não consigo nem sequer entender porque minha voz tá alterada sem minha permissão?”. Eu rezei, cantei hinos de louvor para me acalmar (isso me ajuda muito), e consegui. Mas nosso corpo age por si mesmo em algumas coisas e situações, como exemplo, temos o coração, que em mera ideia, não para pela vontade.
                A essa altura do campeonato dá pra saber o que foi que me aconteceu. Sim, claro, se eu tivesse passado podia muito bem ter colocado somente um “PASSSSSSSEI” aqui só pela minha extrema excitação e alegria de ter conseguido algo almejado.
                Pela minha falta de experiência e prática, eu não consegui. E eu me culpei por isso, muito, porque eu queria pegar minha licença de direção para após, tentar mais vezes. Mas quando entrega-se a vida para Deus, não é assim que acontece. Conforme a vontade Dele, lembra? E do que adianta nos desperdiçarmos com o “tempo perdido” sendo que tudo está com Ele, e que Ele sabe a hora certa, e sei que para Ele não existe tempo perdido, porque nós conquistamos cada segundo de nossa vida, e ao usá-lo, estamos vivendo. E o que nos resta? Viver. Bem, opcionalmente, viver feliz, e por mais que seja em vão, sonhando, porque nós conforta, e nos objetiva a algo.

Ate mais,

Eu e minha voz...



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