Foram tantas
coisas analisadas e pensadas para serem colocadas nesta página da web, e agora,
não consigo escrever nada de muito interessante. Já tem um tempo considerável
que eu não descrevo nada nesta página, e não foi porque me desapeguei daqui.
Quando iniciei este projeto em minha vida não era para ser “fogo de palha”, e
cá estou. “O bom filho à casa torna”, como diz o ditado.
Muitas
mudanças ocorreram desde o meu sumiço, claro. Não desapareceria daqui sem um
motivo óbvio. Literalmente eu me mudei. Estou na mesma cidade, porém em outra casita. Desde então o meu sumiço se deu
por conta disto.
Acontece que
na minha nova residência, o monopólio da internet fixa da operadora infeliz não fez questão de fazer
melhorias dos pontos de acesso à internet nas regiões mais afastadas, nos
subúrbios, ficando impossibilitado o serviço. Isso me encheu de alegria, pois
tem dois meses que moro aqui e consigo viver sem internet, graças a ajuda dos IVA – Internautas Viciados Anônimos, sem “choraminholas” e nem nada disso. “Nossa fia, como cê consegue viver? Como cê consegue se informar?”,
eu vivo do mesmo jeito que qualquer um: respirando, ou seja, meus órgãos abusam
do oxigênio + nitrogênio + poeira + fumaça das INFELIZES queimadas que
acontecem nesta época e com isso eles funcionam. Dó tenho daqueles que dizem
não viver sem celular, internet e o caçamba a quatro da tecnologia. Bom, quanto
a me informar, a TV funciona aqui em casa, a transmissão local é péssima, mas
ainda sim consigo ver as notícias da minha querida cidade, e nesta época, ainda
consigo saber que os candidatos à gestão amam a cidade e farão tudo para que o
município seja bem governado. É lindo de se ver! Mas isso não vem ao caso
agora, né? Muito mais importante saber se a Carminha vai se dar mal e se a Nina
vai largar de ser jumenta. E eu também leio jornal. Sim, claro que isso existe
ainda.
Sinto falta
da antiga casa. E não é porque lá eu tinha acesso à internet. Lá tinha uma vibe boa, como um amigo me disse um dia.
Lá tinha um belo quintal, e apesar de estar a maior parte do tempo trancafiada
no meu quarto, conectada à internet ou lendo um bom livro, eu sabia que ele
estava lá, e que eu podia olhá-lo quando quisesse, comer acerolas à vontade
direto do pé e ao aguar as plantas
poderia banhar a lagarto que de vez em quando aparecia por lá e que eu sabia
ser o mesmo porque ele tinha o rabo cortado. Não foi eu que fez isso. Ou
observar o beija-flor encostar o bico nas flores tropicais e se encostar no fio
da antena parabólica. Eu também sabia que podia me comunicar com o chaninho da casa ao lado, que ao fim da tarde subia o
telhado da casa e eu conseguia vê-lo pela sacada da minha casa, e, de vez em
quando, eu jogava sementes de mexerica que faziam um barulho engraçado no
telhado e ele tentava, sem sucesso na maioria das vezes, pegar com as patinhas.
Gosto do meu
novo ambiente agora. É mais arejado, mais claro e desde o começo percebi a
presença de andorinhas ou pardais (ainda não sei) no alto do telhado, onde
construíram um ninho. Isso aviva qualquer lugar. Bom, há um pequeno canteiro e
minha mãe juntamente com minha avó conseguiram mudar a cara de “lugar morto”
para um lugar chamado “É a sua vez de aguar as plantas”, mas que avivou bem
mais a casa. Falando assim até parece que eu não gosto de plantas, mas eu gosto,
só acho que não levo jeito para cuidar delas. Sabe, não sou uma menina do dedo
verde.
E como eu
consegui postar o texto? Tem internet no trabalho. Então, só precisei de Word para escrever e 5 minutos do
tempo para incluir a postagem.
Sem
finalidade especifica, finalizo aqui. É só um compartilhamento de lembranças e
ideias processadas na madrugada.
São
00h40min de 30/09/2012, data festiva para a minha vovó paterna e de muitos
agradecimentos a Deus pela vida dela, ao
som de Yael Naïm, com a música Far, Far,
eu encerro essa postagem sem pé nem cabeça.
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